Criado em 2015, o conceito ESG (acrônimo que resume o compromisso das empresas com a dimensão ambiental, social e com a governança) entrou para a pauta contemporânea do mundo corporativo. Em 2019, ele passou a substituir o interesse por responsabilidade social corporativa e cresceu em cinco vezes nas pesquisas de internet. Hoje, mais de 90% das empresas do S&P 500 (índice que indica um panorama das bolsas norte americanas) publicam relatórios ESG, assim como 70% das empresas do Russell 1000 (outro índice de capitalização do mercado).
E de onde vem a força dessa transformação? De acordo com o relatório da McKinsey & Co. uma parte do crescimento da temática tem sido impulsionada pelo componente ambiental e pelas respostas às mudanças climáticas, além de outros componentes como a dimensão social.
Um aspecto bastante relevante é a diversidade e inclusão. Trazer para dentro dos ambientes corporativos a realidade do país e da demografia, ou seja, ao contratar talentos para os postos de trabalho, as empresas não podem ignorar os profissionais LGBTQIAP+, as pessoas com deficiência (PcD), as mulheres, as pessoas negras e uma infinidade de grupos que estão à margem de um mercado que deveria ser um reflexo da diversidade encontrada na sociedade.
Pensar em ESG com a lente da diversidade e inclusão é mostrar que o conceito foi bem compreendido e assimilado. Mais do que garantir renda digna e emprego – portanto, inclusão produtiva –, contratar talentos com olhos para a diversidade significa contribuir afirmativamente com as mudanças sociais que precisamos promover. A transformação social, o combate à desigualdade e ao preconceito (de todas as vertentes) ganham novo fôlego quando as empresas firmam compromissos sérios com a mudança.